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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mini Capítulo 11 :D



No fim das aulas, Mia teve que inevitavelmente ir buscar as suas coisas a casa de Pedro. Quando tocou á campainha, veio uma rapariga abrir a porta.
- sim? - perguntou ela, com um ar chateado
- hum... eu deixei aqui umas coisas.... com licença. - disse Teresa, entrando sem esperar resposta.
- quem era linda? - perguntou Pedro, do sofá da sala.
- era eu. vim só buscar a minha mala - respondeu Teresa, com a voz mais fria que conseguiu.
- ah, Teresa! que susto! ah, hum... porque é que não te sentas aqui um bocadinho?  - perguntou Pedro
- aha, sim sim, vai esperando.... bem, adeus! - disse ela, pegando na sua mala e saindo porta fora, quase derrubando a outra rapariga.
- Teresa espera! - gritou Pedro
- amoor, o que é que estás a fazer? deixa-a em paz, vá lá, vamos para dentro...- disse a outra rapariga, agarrando-se ao braço de Pedro.
- Leila??? - perguntou Teresa, olhando da rapariga para Pedro - o que é que te aconteceu?
- nada filha, eu apenas cresçi - respondeu-lhe Leila
- tu andas com a Leila? bom, tá bom, tá bom... divirtam-se!  -disse Teresa, indo embora sem olhar para trás.

Teresa on
Oh meu deus.... a leila! que diferença! mas pronto, eu já não a via desde do nono ano, mas mesmo assim.... só se passaram dois anos... Mas que diferença! ela era tão inocentezinha, pior que eu, e agora tem o cabelo vermelho, kilos de maquilhagem, veste-se como uma puta e usa aqueles saltos enormes horríveis....

ela era assim:                                                                 e ficou assim:

(mas com o cabelo vermelho)
E o Pedro, como é que ele tinha sido capaz! Era um rapaz tão doce.... Ele não valia mesmo a pena. Entretanto, reparei que já estava a chegar a casa. Com isto tudo nem tive tempo para me preparar mentalmente. Respirei fundo á porta de casa, uma, duas, três vez.... Quando já estava o mais calma que conseguia, abri a porta.

Teresa off

- mãe? mãe, sou eu!  - gritou ela. Pousou as malas na sala e foi á cozinha, não encontrando a sua mãe em lado nenhum. Passou no quarto da mãe e no seu, e ela não se encontrava lá. Quando chegou ao seu quarto, viu que tinha um envelope na sua almofada, com o seu nome. Pegou nele e viu que era a letra da mãe.

Carta:
''Filha, primeiro que tudo quero te pedir desculpa. Desculpa por tudo aquilo que te fiz, ou por aquilo que não fiz. Desculpa por ter sido uma mãe tão má, por ter deixado as coisas chegarem onde chegaram. E, principalmente, desculpa por isto.~
Sei que estou a ser cobarde, mas não consigo reagir de outra maneira. O teu pai desta vez teve o que merecia e foi apanhado a bater-me, soube depois que uma vizinha nossa tinha ouvido os gritos e chamado a polícia. Ele está preso por 5 anos devido a violência doméstica, pose de arma ilegal e ofensa ás autoridades.
Eu não aguento ficar aqui, e sei que sou fraca, e que não te consigo criar. Vim para o Porto, para casa de uns conhecidos, mas por favor não me procures. Filha, agora essa casa é tua, e eu vou mandar todos os meses o dinheiro da renda, da água e da luz, e também para tu poderes comer. 
Peço-te muita desculpa, mas não consegui ficar aí, aterrorizada, sempre com medo do teu pai. É melhor assim. Tu não tens que te preocupar, apesar de tudo és filha dele e ele não te faria mal.
Filha, mais uma vez desculpa por tudo isto, e espero sinceramente voltar a ver-te um dia, quando tudo isto acabar.
Gosto muito de ti. Mãe.''

Teresa não podia acreditar. As lágrimas escorriam-lhe pela cara, e ela tinha as mãos a tremer. Relia a carta uma e outra vez, sempre sem conseguir acreditar. Como, como é que era possível? Como é que a sua mãe podia ser tão... cobarde... tão egoísta....
Teresa foi para a cozinha e acendeu um cigarro. De caminho viu as mensagens de voz que tinham deixado no telefone. Haviam apenas duas.

''Casa dos Gonçalves, de momento não estamos, por isso grave a sua mensagem após o sinal!''
'' bem, eu queria falar com a Teresa... estás bem? liga-me. Beijinhos, Sofia''
'' Boas tardes, é da esquadra da polícia, assim que ouvir esta mensagem ligue por favor''

Teresa acabou de fumar e depois resolveu ligar para a esquadra da polícia. Ainda não estava pronta para falar com Sofia.

Conversa:
Teresa: Bom dia, daqui fala Teresa Gonçalves, sou a filha do Júlio Gonçalves
Polícia:Bom dia menina. Nós queriamos falar com a sua mãe, ela está?
T: não... mas eu sei que o meu pai foi preso, ela contou-me o que se passou. Ela ainda vai demorar, se calhar era melhor deixar recado...
P: está bem... bom, era para saber se haveria alguém que esteja disposto a pagar a fiança...
T: não senhor, deixe-o estar aí os 5 anos que está muito bem... mais alguma coisa?
P: sim, era para informar que o horário de visitas é das 2 ás 4 da tarde, todos os dias.
T: com certeza. eu agora tenho que ir embora.
P: claro que sim menina. Adeus e boa tarde
T: boa tarde.

'' ahah, horário de visita.... bem pode esperar sentado, aquele monstro...''

Teresa ligou depois para Sofia.
- Sofia, tu nem vais acreditar... - disse ela, e contou-lhe a história toda.
- oh meu deus, que cena... eu vou ter a tua casa, está bem? Té já. - disse Sofia.
- té já.



Continua... Agora já me sinto mais inspirada :) beijinhos, e não se esqueçam de comentar! Mia*




4 comentários:

  1. Adorei, tens muito jeito...

    Bj...

    Continua....

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  2. Bem, mas que capitulo! Ainda bem que gostaste do capitulo! beijinhos

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    Respostas
    1. bem, o titulo desta história é my DRAMATIC short story, por isso é normal que alguns capitulos sejam dramáticos :) beijinhos

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